Meia vida
Meia vida ou período de semidesintegração
Todos os elementos radioativos, sejam eles naturais ou obtidos artificialmente, sofrem transmutação (se desintegram ou decaem) a uma velocidade que lhes é característica. Para se acompanhar a duração (ou a “vida”) de um elemento radioativo foi preciso estabelecer uma forma de comparação. Por exemplo, quanto tempo leva para um elemento radioativo ter sua atividade reduzida à metade da atividade inicial? Esse tempo foi denominado meia vida do elemento.
Meia vida é o tempo necessário para que a atividade de um elemento radioativo seja reduzida à metade da atividade inicial. Isso significa que, para cada meia vida que passa, a atividade vai sendo reduzida à metade da anterior, até atingir um valor insignificante, onde não é mais possível distinguir as radiações emitidas das do meio ambiente. Dependendo do valor inicial, em muitas fontes radioativas utilizadas em laboratórios de análise e em pesquisa, após 10 (dez) períodos de meia vida, atinge-se esse nível. Entretanto, não se pode confiar totalmente nessa “receita” e, sim, numa medida com um detector apropriado. Muitas das fontes radioativas usadas na indústria e na medicina apresentam atividade elevada, mesmo após 10 meias-vidas.
Um exemplo prático
Vejamos o caso do iodo-131, utilizado em Medicina Nuclear para exames de tireoide. Ele que possui uma meia-vida de oito dias. Isso significa que, decorridos 8 dias, a amostra ingerida pelo paciente terá sua atividade reduzida à metade.
Passados mais 8 dias, cairá à metade desse valor, ou seja, ¼ da atividade inicial e assim sucessivamente. Após 80 dias (10 meias vidas), atingirá um valor cerca de 1000 vezes menor que o inicial. No entando, se for necessário aplicar uma quantidade maior de iodo-131 no paciente, não poderia se esperar por 10 meias vidas (80 dias), para que a atividade na tireoide antingisse um valor desprezível.
Isso inviabilizaria os diagnósticos que utilizam este material radioativo, já que o paciente seria uma fonte radioativa ambulante e não poderia ficar confinado durante todo esse período. Felizmente, o organismo humano elimina rápida e naturalmente, via fezes, urina e suor muitas das substâncias ingeridas. Dessa forma, após alguns dias, o paciente poderá ir para casa, sem causar problemas para si e para seus familiares.