África do Sul
A África do Sul, o “país do apartheid”, como era conhecido até a década passada, é o mais industrializado do continente africano.
Sua população soma cerca de 41 milhões de habitantes e, desse total, 75% é constituído pela população negra, pertencente a várias tribos; 14% pelos brancos descendentes principalmente de holandeses e ingleses; pelos mestiços, chamados também de coloured, que são os descendentes da miscigenação entre brancos e negros, correspondendo a 8% da população total, e por 3% de asiáticos.
A população branca, que corresponde a apenas 14% da população total, possui 60% da renda nacional. Há, portanto, uma grande concentração da renda nas mãos de uma minoria.
A população negra, que corresponde à maior parte da população da África do Sul (75%), possui apenas 29% da renda nacional. Evidencia-se, através dessas informações, que, mesmo depois do fim do apartheid, os níveis de vida entre as populações branca e negra, na África do Sul, são muito diferentes.
Os brancos assumiram as funções de funcionários do governo, comerciantes, industriais ou proprietários agrícolas. Os negros forneceram mão de obra (barata) às minas, às fábricas e às fazendas, e muitos continuaram a ter uma vida seminômade nas reservas tribais.
O país mais industrializado da África é baseado em uma economia de mercado apoiada na indústria da mineração.
A mineração da África do Sul abrange diversos minérios importantes para o mundo produtivo, como platina, amianto, cromo, urânio etc, mas a sua potência está na extração de ouro e de diamante. É o maior produtor de ouro do mundo e o segundo de diamantes.
Apesar das tensões políticas – que veremos mais adiante –, a riqueza de recursos naturais permitiu que a África do Sul registrasse um crescimento constante durante décadas.
A partir da II Guerra Mundial, a indústria sul-africana cresceu de forma acelerada, graças à mão de obra barata e ao nível tecnológico elevado alcançado pela minoria branca.