A influência norte-americana no mundo contemporâneo
“Quando os EUA ficam gripados, todo o mundo começa a espirrar”.
A frase ilustra bem a situação. Num mundo como o nosso, onde a globalização impõe que sigamos “conectados”, o que acontece com a superpotência mundial acaba influenciando todas as outras nações.
Diversos são os exemplos...
Os EUA são o maior país emissor de gases estufa do planeta, o que, evidentemente, prejudica todo mundo.
Em uma das mais recentes demonstrações de poder, o presidente norte-americano George W. Bush se recusou a cumprir as metas propostas pela Conferência de Kyoto, realizada em 1997, no Japão. Tal decisão fez com que Bush, junto com o governo norte-americano, venha sendo duramente criticado em todo o mundo. Mas eles parecem não se incomodar com o fato.
Toda recessão que ocorre nos Estados Unidos representa uma recessão mundial; por outro lado, qualquer retomada econômica ou crescimento industrial significa uma tendência mundial.
Como vimos, os EUA sempre empregaram estratégias para justificar sua intervenção – quase sempre armada – em diversas partes do mundo; a primeira delas foi a Doutrina Monroe, em 1823.
Mas foi a partir do Big Stick que a intervenção armada se uniu à “diplomacia” norte-americana.
Depois, a necessidade de manter a hegemonia mundial, durante a Guerra Fria, originou a Doutrina Truman (de alcance global) e a Doutrina da Segurança Nacional (para a América Latina).
O período da Guerra Fria, que durou mais de 40 anos, foi um tempo tenso para todas as nações; ao lado das intervenções militares que efetuavam, os EUA também utilizaram seu poderio econômico para oferecer “auxílio” a países “ameaçados pelo comunismo”. Datam dessa época a Política da Boa Vizinhança (do presidente Eisenhower) e a Doutrina das Novas Fronteiras ou Aliança para o Progresso (do presidente John F. Kennedy).
Agora, no começo do século XXI, o inimigo dos Estados Unidos não é mais o comunismo. Agora é o terrorismo islâmico.
Os países denominados pelos EUA de “países párias” são acusados não só de abrigar terroristas, mas também de ameaçar “o mundo” com armas químicas.
A cruzada norte-americana contra o terrorismo afeta todos os países. Ela é a nova justificativa da superpotência para que se mantenham as intervenções e para que permaneça a hegemonia da terra do Tio Sam.