O IBGE e o censo demográfico
Em 2010, fomos contados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Essa prática é chamada de recenseamento e, geralmente, acontece em anos terminados em zero. Fomos visitados pelos recenseadores, que nos fizeram perguntas sobre dados pessoais, profissionais, econômicos, entre outros.
O IBGE é um órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e foi criado em 1937. Sua principal função é a coleta de dados, e isso acontece permanentemente, mesmo sem ser ano de recenseamento. É dessa forma que ficamos sabendo das estatísticas de emprego e de desemprego, produção agrária e industrial, e tantas outras diariamente veiculadas nos meios de comunicação.
As informações coletadas são sistematizadas estatisticamente e disponibilizadas para que sejam utilizadas de múltiplas formas, tanto pelo poder público, quanto pela iniciativa privada. Por exemplo: um prefeito preocupado com o uso responsável do dinheiro público deseja saber a demanda de creches no seu município; para isso, precisa saber o número de crianças na faixa etária entre zero e quatro anos. A quantidade de doses de vacinas é fabricada de acordo com o número de habitantes que as receberão. Os empresários também podem consultar os dados demográficos da localidade onde pretendem investir para melhor dimensionar o seu empreendimento. Os pesquisadores utilizam os dados do censo para quantificar determinados aspectos que desejam analisar, como, por exemplo, os deslocamentos populacionais, a renda média dos trabalhadores, a participação das mulheres no mercado de trabalho, entre tantos outros. As possibilidades de uso do censo são infinitas, e, quanto mais detalhados forem os dados, mais completas se tornam as análises.
O processo de coleta e de apuração dos dados é chamado de recenseamento e envolve milhares de pessoas, os chamados recenseadores. Há várias formas de realização do censo. Nos países mais evoluídos, a população é orientada para o preenchimento dos formulários on-line,e os dados são atualizados permanentemente. Os nascimentos e os óbitos, por exemplo, são comunicados assim que acontecem. Há outros países com grandes dificuldades para a sua realização, pois faltam recursos financeiros, humanos e tecnológicos.
No Brasil, ainda recebemos os recenseadores em casa e respondemos a um longo questionário. As respostas são armazenadas num palm top e enviadas posteriormente à coordenação central. Além de caro, esse sistema é também demorado, mas o uso dessa metodologia deve-se à grande diversidade do território e da sociedade brasileira. Temos situações extremas, em que uma parte da população dispõe de recursos tecnológicos de última geração e outra com dificuldade até para responder um formulário escrito, devido à baixa escolaridade ou moradia em local de difícil acesso, por exemplo.
Para saber mais, acesse o site do IBGE.