A gravidez
Gravidez ou gestação é o desenvolvimento de um embrião dentro do sistema reprodutivo da mãe. Ela começa com a concepção, que é a fertilização do óvulo pelo espermatozoide, e continua até o nascimento do bebê. Nos humanos, a gestação dura cerca de 266 dias, ou seja, 38 semanas ou 9 meses. Esse é um longo tempo comparado aos ratos, que tem uma gestação que dura apenas 1 mês e um curto período quando comparada a do elefante, que dura cerca de 22 meses.
Durante esse período observamos muitas alterações no corpo da futura mamãe. É sobre algumas dessas alterações que vamos conversar um pouco mais. Vinte e quatro horas após a fertilização, as divisões celulares começam e continuam ao mesmo tempo em que o embrião vai se movendo para o útero. No sexto ou sétimo dia após a fertilização o embrião chega ao útero. Nesse momento, ele se implanta no endométrio (parede uterina) e a placenta e o cordão umbilical começam a se formar.
A placenta é o órgão que fornece alimento e oxigênio para o embrião e o ajuda a excretar os seus restos metabólicos. Ela é composta tanto por tecidos do embrião quanto por tecidos maternos. O transporte das substâncias da mãe para o embrião e do embrião para a mãe é feito através do cordão umbilical. Um mês após a concepção, a cavidade amniótica já está formada. O embrião fica alojado dentro dessa cavidade que é preenchida por um líquido e recoberta por uma membrana. Esse líquido, conhecido como líquido amniótico protege o embrião de qualquer impacto que possa machucá-lo.
A primeira mudança que tem que ocorrer para que a gravidez continue com sucesso é a suspensão da menstruação. Se uma mulher grávida menstruar, o embrião será eliminado junto com o revestimento interno do útero, onde ele está implantado. Mas, como é que a menstruação é interrompida?
Para responder a essa pergunta basta pensar no que acontece quando uma garota menstrua pela primeira vez. Lembra-se das alterações hormonais? Da mesma forma, mudanças na produção de alguns hormônios sexuais, estimuladas primeiramente pelo embrião e posteriormente pela placenta, interrompem o ciclo menstrual. Durante os nove meses de gestação a mulher não irá perder o seu revestimento uterino interno. O principal hormônio envolvido na manutenção da gravidez é a progesterona. À medida que o bebê vai crescendo e se desenvolvendo, os seios da mulher começam a aumentar de tamanho. Esse aumento ocorre devido a um aumento do número de glândulas mamárias. Essas serão responsáveis pela produção de leite após o nascimento do bebê.
O posicionamento dos órgãos no corpo de uma mulher grávida também sofre algumas alterações. É devido a essas alterações que a mulher grávida urina muitas vezes ao dia. Isso ocorre devido a compressão da bexiga pelo aumento uterino durante a gravidez. Uma bexiga comprimida suporta um menor volume de urina.
No final da gravidez, próximo dos 9 meses, o feto já está completamente formado, pronto para nascer. Mas, quem é que determina o exato momento do nascimento? Seria o médico? Às vezes é necessária a ajuda de um médico, mas, naturalmente, o momento do nascimento é definido por alguns hormônios produzidos pelo feto e pela mãe.
Esses hormônios estimulam a contração da musculatura uterina. Quanto maior o número de contrações, maior a produção desses hormônios, aumentando ainda mais as contrações. Além das contrações, ocorre a dilatação de uma estrutura que liga os quadris, fazendo com que esse fique um pouco mais aberto do que o normal.
As contrações da musculatura uterina, a abertura dos quadris e também a dilatação da musculatura da vagina são os sinais e a ajuda de que o feto precisa para nascer. As contrações empurram o bebê em direção a vagina e os quadris mais abertos e a vagina dilatada facilitam a sua passagem. O resultado final é o nascimento do bebê. Isso que descrevemos é chamado de parto normal. Às vezes, o feto não está bem posicionado no útero, ou então não há contrações e nem dilatação suficiente para que o parto normal ocorra. Nesses casos, a ajuda do médico é necessária. O feto, ao invés de sair pela vagina é retirado do útero através de um corte na barriga da mãe. Esse é chamado de parto cesariana.
Após o nascimento, um outro hormônio começa a ser produzido!! Ele será responsável por estimular a produção de leite pelas glândulas mamárias. É recomendável que a mãe amamente o seu filho durante pelo menos os seus 3 primeiros meses de vida. O leite materno, além de ser um alimento nutritivo, contém anticorpos da mãe que protegerão a criança de algumas doenças, até que o seu sistema imune esteja pronto para combater sozinho os seres vivos patogênicos ao homem.