Arte Românica
A Arte Românica foi uma das mais importantes artes da Idade Média e aconteceu nos séculos XI e XII na Europa. Foi uma redescoberta da tradição cultural e artística do mundo greco-romano.
Nessa época, o cristianismo dominava a cultura, e a arte estava submetida aos desígnios de Deus e da Igreja e voltada para a valorização do espírito.
A arquitetura se desenvolveu com estrutura semelhante às construções dos antigos romanos. As principais obras são as igrejas e os mosteiros, com tamanhos grandes e estruturas sólidas, verdadeiras “fortalezas de Deus”.
Veja a basílica de Saint-Sernin na França.
Eram utilizados abóbadas e pilares maciços para a sustentação das espessas paredes, que foram construídas com aberturas estreitas, usadas como janelas.
Dois tipos de abóbodas foram utilizadas: a abóbada de berço e a abóbada de aresta.
Na Itália, diferente do restante da Europa, as igrejas não apresentavam formas pesadas e duras. Elas possuíam um aspecto mais leve e delicado, com o uso de frontões e colunas.
Isso aconteceu devido à proximidade com as arquiteturas grega e romana. O mais famoso exemplo é a Torre de Pisa e sua catedral.
Nessa época, poucas pessoas sabiam ler, e, por isso, a Igreja recorria à pintura e à escultura para ensinar os seus valores religiosos aos fiéis. O portal, na entrada da igreja, era o lugar mais utilizado para colocar as esculturas e os relevos, que tinham tanto função ornamental, como didática.
A pintura se desenvolveu nos grandes murais, decorando as igrejas com cenas bíblicas, através da técnica do afresco.
Foram aplicadas, nas iluminuras, pequenas ilustrações, e iniciou-se, também, a decoração das grandes letras maiúsculas no início dos capítulos de manuscritos e pergaminhos.
Os artistas faziam uma interpretação mística da realidade, sem intenção de representar fielmente os seres e os objetos. As formas, muitas vezes, estilizadas e alongadas, traduzem o sentimento religioso. As cores eram usadas uniformemente, sem preocupação com meios-tons, luz e sombra; por isso, as imagens não possuíam volumes, nem profundidade.
Os objetos religiosos, como as cruzes e os relicários utilizados nos altares, eram produzidos por ourives.