O Efeito Estufa I
O dióxido de carbono representa cerca de 0,04% do volume de gases da atmosfera. Mesmo em quantidade tão pequena, ele exerce um importante papel no controle do clima do planeta, como mostrado na figura ao lado.
Desde a revolução industrial, o homem tem liberado na atmosfera quantidades crescentes de CO2, resultantes da poluição produzida pela queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral). Estima-se que antes da revolução industrial, a concentração de CO2 na atmosfera fosse de apenas 0,029%, o que representa um crescimento de quase 40% desde aquela época. O gráfico ao lado mostra como a concentração de CO2 cresceu nos últimos 40 anos.
Neste outro gráfico você pode ver como a temperatura média global cresceu desde 1860, quando começaram a ser feitos registros confiáveis. Observe que ela passou por um processo rápido de aquecimento na primeira metade deste século, e vem passando por outro desde a década de 70.
A comunidade científica ainda não tem certeza que o aumento na temperatura da Terra seja de fato devido às emissões de CO2. É possível que parte dele seja um fenômeno natural, ou que outros gases, como o metano, estejam colaborando com o processo. O que se sabe, no entanto, é que se a temperatura da Terra continuar aumentando, as consequências para o meio ambiente poderão ser muito sérias. Veja por exemplo o que está acontecendo com as geleiras polares.
Imagine se todas as geleiras começarem a derreter neste ritmo. O nível do oceano subiria alguns metros, colocando em risco centenas de milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras. Países inteiros, especialmente aqueles situados em ilhas, poderiam desaparecer. Além disso, a própria subida dos oceanos causaria novas mudanças no clima. Esta é apenas uma das consequências do aumento da temperatura. Outras possíveis consequências seriam a aridez em regiões temperadas e a incidência de tempestades cada vez mais fortes em áreas tropicais.