Overdose - efeitos fisiológicos
Nesse último sábado, dia 23 de julho, morreu mais uma cantora que teve uma carreira rápida e turbulenta. Amy Winehouse, 27 anos, foi encontrada morta em sua casa em Londres e, apesar de a polícia local ainda estar investigando a causa de sua morte, suspeita-se que ela tenha morrido em decorrência de overdose de álcool e/ou drogas.
Mas, afinal, o que é a overdose? A overdose é um termo científico usado para casos em que o organismo é exposto a altas doses de qualquer substância química, inclusive medicamentos. A superexposição do organismo à essas substâncias químicas podem causar diversos efeitos em nosso organismo, debilitando-o. O principal efeito é a falência (parada) dos órgãos vitais, como pulmões e coração, causando a morte do indivíduo.
Mas, fisiologicamente, como ocorre a falência dos órgãos em função da overdose?
Normalmente, nosso fígado é o órgão responsável por degradar (metabolizar) as substâncias químicas por nós ingeridas. Nessa degradação, o fígado converte essas substâncias em novos compostos, mais simples e menos tóxicos ao nosso organismo. Entretanto, quando ocorre a superingestão dessas substâncias químicas, como drogas e álcool, o fígado não consegue degradar esses compostos na mesma velocidade em que são ingeridos, causando intoxicação do organismo. Quando a intoxicação é severa, como nos casos de overdose, pode ocorrer depressão do sistema nervoso central e parada cardiorrespiratória, ou seja, o coração e os pulmões param de funcionar, levando o indivíduo à morte.
Quando um indivíduo ingere cerca de 750 ml de uísque em aproximadamente 1 hora, o cérebro e a medula espinhal podem entrar em depressão, ou seja, o funcionamento dessas estruturas é afetado e pode ocorrer a parada do centro respiratório, que leva à morte por incapacidade de realizar as trocas gasosas. O consumo, por exemplo, de uma dosagem de paracetamol (analgésico) em torno de 20-25g (cerca de 40 a 50 comprimidos de uma vez) pode ser fatal.
Os efeitos da overdose variam de indivíduo para indivíduo e dependem do tipo de substância ingerida, da quantidade e da forma de uso (oral, venosa, subcutânea). De um modo geral, os principais efeitos são problemas respiratórios e perda da consciência.