O provérbio é um tipo de enunciado estabilizado socialmente, o que significa que ele é reconhecido por qualquer sujeito inserido numa sociedade e reflete, portanto, algumas condições específicas de determinada cultura. Decerto, você saberia de pronto dizer alguns provérbios antigos, como “O bom filho à casa torna” ou “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Os provérbios têm um objetivo didático: geralmente, ele entra na conversa quando alguém nos quer dar um conselho ou exemplificar com palavras sábias (sabedoria popular) e antigas um momento que estamos vivendo. Por exemplo: “Não reclame do seu presente de Natal, afinal, cavalo dado não se olha os dentes” - esse provérbio nos remete a uma orientação de que não devemos procurar defeitos (olhar os dentes para ver se estão sadios) nos presentes que ganhamos (cavalo dado) – perceba que os provérbios, para serem entendidos, precisam de um conhecimento social partilhado e não podem ser interpretados ao pé da letra.
Por conta de sua origem oral, já que ele é praticado em interações de conversa entre os falantes, podemos perceber algumas construções linguísticas interessantes nos provérbios: forte recorrência a rimas, simetria silábica, sintática e semântica entre suas partes e destaques por normalmente empregar construções ou palavras arcaicas. Acompanhe no quadro ao lado, clicando na imagem, alguns provérbios que exemplificam essas construções citadas.
Outro fato curioso dos provérbios é que eles não são de autoria de uma pessoa específica. Podemos verificar o provérbio dentro da prática enunciativa como uma voz de sabedoria popular incontestável. Apesar de o provérbio ser uma parte da cultura social criado pelos sujeitos que a compõem, não há uma relação de autoria com ele: é uma voz não identificável e pode ser usado em diferentes contextos.
No provérbio “Depois da tempestade, vem a bonança”, por exemplo, há diferentes situações em que pode ser empregado, não apenas restrito ao contexto meteorológico, mas pertinente a diferentes situações comunicativas. Podemos usar esse provérbio no seguinte contexto: “alguém acabou de perder o emprego e está muito triste e preocupado; então, um amigo lhe profere esse provérbio, tentando animá-lo a ver que, depois que algo ruim acontece, coisas boas podem aparecer”. Assim, há que se fazer um desvio do seu significado, ou seja, precisamos usar uma metáfora e encaixá-lo em outros contextos. É dessa forma que a função do provérbio é validada e é por isso que os provérbios são usados até hoje, já que eles servem para diversos contextos e situações generalizadas.
O provérbio é um tipo de enunciado estabilizado socialmente, o que significa que ele é reconhecido por qualquer sujeito inserido numa sociedade e reflete, portanto, algumas condições específicas de determinada cultura. Decerto, você saberia de pronto dizer alguns provérbios antigos, como “O bom filho à casa torna” ou “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Os provérbios têm um objetivo didático: geralmente, ele entra na conversa quando alguém nos quer dar um conselho ou exemplificar com palavras sábias (sabedoria popular) e antigas um momento que estamos vivendo. Por exemplo: “Não reclame do seu presente de Natal, afinal, cavalo dado não se olha os dentes” - esse provérbio nos remete a uma orientação de que não devemos procurar defeitos (olhar os dentes para ver se estão sadios) nos presentes que ganhamos (cavalo dado) – perceba que os provérbios, para serem entendidos, precisam de um conhecimento social partilhado e não podem ser interpretados ao pé da letra.
Por conta de sua origem oral, já que ele é praticado em interações de conversa entre os falantes, podemos perceber algumas construções linguísticas interessantes nos provérbios: forte recorrência a rimas, simetria silábica, sintática e semântica entre suas partes e destaques por normalmente empregar construções ou palavras arcaicas. Acompanhe no quadro ao lado, clicando na imagem, alguns provérbios que exemplificam essas construções citadas.
Outro fato curioso dos provérbios é que eles não são de autoria de uma pessoa específica. Podemos verificar o provérbio dentro da prática enunciativa como uma voz de sabedoria popular incontestável. Apesar de o provérbio ser uma parte da cultura social criado pelos sujeitos que a compõem, não há uma relação de autoria com ele: é uma voz não identificável e pode ser usado em diferentes contextos.
No provérbio “Depois da tempestade, vem a bonança”, por exemplo, há diferentes situações em que pode ser empregado, não apenas restrito ao contexto meteorológico, mas pertinente a diferentes situações comunicativas. Podemos usar esse provérbio no seguinte contexto: “alguém acabou de perder o emprego e está muito triste e preocupado; então, um amigo lhe profere esse provérbio, tentando animá-lo a ver que, depois que algo ruim acontece, coisas boas podem aparecer”. Assim, há que se fazer um desvio do seu significado, ou seja, precisamos usar uma metáfora e encaixá-lo em outros contextos. É dessa forma que a função do provérbio é validada e é por isso que os provérbios são usados até hoje, já que eles servem para diversos contextos e situações generalizadas.