Arqueologia
A maioria das pessoas, sem dúvida, já viu algum filme, documentário ou, até mesmo, um desenho animado mostrando aventuras e desventuras de um profissional de atividades famosas e ao mesmo tempo desconhecidas: o arqueólogo.
Quem não conhece o famoso Indiana Jones e suas incríveis aventuras em busca ou defesa de tesouros perdidos?
Mas vamos deixar de lado as fantasias do cinema, onde os grandes tesouros procurados envolvem metais valiosos em grandes quantidades e entender o trabalho desse profissional obstinado pelo passado humano.
Estudar as antigas civilizações, tentando definir hábitos e costumes a partir de achados arqueológicos, exige paciência e determinação. Primeiro na busca por tais achados. Ao encontrar um sítio arqueológico, em geral por acaso no meio de uma escavação para uma construção qualquer, o profissional deve documentar a estrutura do local e coletar materiais encontrados.
Depois disso vem a fase laboratorial. Isso mesmo! A tecnologia acompanhou a arqueologia e, graças a ela, é que se pode identificar e classificar minuciosamente os objetos coletados.
É o caso, por exemplo, da datação. É a partir de alterações químicas e físicas na estrutura do material encontrado, que acontecem com o passar do tempo, que se estima a idade de um achado.
Existem diferentes processos para fazer uma datação, dependendo do material e da idade de um achado. O método mais conhecido é o do carbono-14, tipo de carbono encontrado em pequena quantidade na Terra. Essa técnica pode ser usada em peças que tenham mais de 300 e menos de 50 mil anos e que contenham carbono, como objetos de madeira, carvão e ossos.
Outra técnica de datação, mais barata do que a anterior e cada vez mais usada no mundo todo, usada para objetos com mais de 50 mil anos, é a termoluminescência, fenômeno que se baseia nas propriedades que alguns materiais têm de emitir luz quando são aquecidos. Essa emissão só ocorre se o material foi exposto anteriormente à radiação como, por exemplo, à radioatividade natural durante milhares de anos. É a intensidade da luz que indica a idade da amostra analisada.
Mas não é só a vida de civilizações já desaparecidas ou monumentos clássicos, como as pirâmides do Egito, que os arqueólogos estudam. Eles cuidam também do patrimônio cultural que nós vamos deixar. No Brasil, eles estão ativos na Mata Atlântica, na floresta Amazônica, nas dunas do Nordeste, nas chapadas do centro-oeste. Também fazem trabalhos juntos à sociedade atual com grupos indígenas, negros e caiçaras.
A arqueologia precisa da química, da física, da matemática, da história, da biologia e muitos outros elementos para existir. Deve ser por isso que ela se torna tão interessante e rende tantas historias de ficção.