Já conversamos muitas vezes sobre a destruição do planeta Terra que é causada pela ação do homem. Poluição do ar, da água, extinção de espécies são algumas das consequências da ação humana. Nesta notícia estudaremos o impacto do armamentismo sobre o meio ambiente.
Em todo o mundo, os gastos militares chegam a US$ 900 bilhões por ano. Segundo a ONU e algumas Organizações Não-Governamentais esses gastos militares desviam recursos financeiros, causam destruição ambiental e desequilíbrios econômicos e sociais.
Todo ano, mais de um bilhão de pessoas não têm acesso adequado à água potável e saneamento. E mais de três milhões morrem por ano devido a enfermidades ligadas ao consumo de água contaminada, segundo dados da ONU. Com a quantia gasta em armamentos, seria possível construir milhares de hospitais, redes de saneamento básico, escolas, dentre outros melhoramentos necessários.
Estima-se que se esse dinheiro fosse aplicado na agricultura, na educação, no desenvolvimento dos países mais pobres, seria suficiente para acabar com a fome e o analfabetismo do mundo!
Os armamentos se tornam cada vez mais mortíferos. As bombas atômicas podem destruir cidades inteiras, dizimar populações e tornar impossível a vida no planeta. Pois além de matar milhões de pessoas, esse tipo de armamento contamina a atmosfera, os solos das regiões atingidas, causa chuva ácida e consequentemente atinge os alimentos consumidos pelos seres vivos.
Hoje não são apenas as grandes potências econômicas que investem grandes somas de dinheiro em armamento. Países e grupos extremistas de todo o mundo possuem armas de destruição em massa e vários países continuam desenvolvendo armamento nuclear.
As sete potências atômicas do mundo possuem mais de 17 mil ogivas nucleares, 93% das quais pertencem a Estados Unidos e Rússia. A China conta com 400 ogivas, a França com 348, enquanto Israel e Grã-Bretanha com 200 cada um. Estima-se que a Índia possua mais de 30 ogivas nucleares e o Paquistão mais de 40, segundo o instituto de estudos Sipri, que reúne informação sobre produção e exportação de armas.
O armamentismo também é fonte de renda de muitos países, por isso é tão difícil barrar seu crescimento. Entre 1992 e 1999, alguns países em desenvolvimento, principalmente da África e Ásia, comprou todo tipo de armamento gastando mais de US$ 200 bilhões, que poderiam ser usados para o bem estar de sua população. Os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas do mundo.
Para tentar barrar o armamentismo desenfreado, a ONU e algumas ONGs propuseram que os governos se comprometessem a reduzir seus orçamentos militares em pelo menos 5% durante cinco anos. Mas a iniciativa foi ignorada pelos governantes mundiais. A produção e a demanda de armas são um grave obstáculo para o desenvolvimento sustentável, pois usam recursos que poderiam ser destinados ao desenvolvimento econômico e social em vários países.