A evolução dos telescópios espaciais
Um telescópio espacial é uma nave espacial não tripulada que transporta um grande telescópio. Esta nave é equipada com vários sistemas de armazenamento e transmissão de dados, além de baterias solares para mantê-la em funcionamento, e é colocada em órbita da Terra. Ao contrário dos telescópios terrestres, este não precisa ser gigantesco, pois recebe a luz que se propaga no vácuo, sem a influência da atmosfera terrestre. Técnicos e engenheiros aqui na Terra, controlam toda movimentação do telescópio e o posicionam para a região do espaço que desejam estudar. As imagens são transmitidas para a central via satélite.
A NASA realiza um projeto chamado Grandes Observatórios Espaciais, que já enviou aos céus quatro telescópios espaciais. Cada um deles ficou responsável por receber imagens de diferentes radiações eletromagnéticas. Nesta notícia você poderá conhecer um pouco mais sobre cada um deles.
O mais famoso é o telescópio Hubble, que recebe imagens na região da luz visível e também do ultravioleta. Desde o seu envio em 1990, o Hubble tem nos enviado belas imagens do universo.
No ano seguinte foi enviado o telescópio Compton, que recebia imagens na região de raios gama. Com a energia desta radiação é muito alta, o Compton foi capaz de observar os eventos astronômicos mais violentos, como a explosão de estrelas e até algumas emissões típicas de buracos negros. Porém, este telescópio voltou à Terra em 2000 devido a problemas no seu sistema de navegação.
O telescópio Chandra foi o terceiro a ser lançado, o que só ocorreu em 1999. Este destina-se a captar principalmente as emissões de raio X. Seus principais objetos de estudo são buracos-negros (assim como o Compton), quasares e gases em alta temperatura (provavelmente resultantes de grandes explosões).
O caçula da família é o Spitzer que se destina a observar principalmente a radiação infravermelha. Como esta radiação é bastante absorvida pela nossa atmosfera, a sua observação só é possível através de telescópios espaciais. O Spitzer só foi lançado em 2003, e sua missão deve durar de 2,5 à 5 anos. Como resultado, este telescópio tem enviado à Terra imagens de diversos corpos celestes, nunca antes detectados.
Apesar de receberem radiações diferentes, estes telescópios podem estudar o mesmo corpo celeste. A união das imagens fornece informações valiosas aos astrônomos
Como a tecnologia evoluiu bastante da década de noventa até hoje, a NASA já prepara uma nova geração de telescópios espaciais. O próximo atende pelo nome de James Webb e deve ser lançado em 2013. Assim como o Spitzer, este também irá captar radiação infravermelha e deverá observar a formação e evolução das primeiras galáxias e estrelas, ver a produção dos elementos químicos pelas estrelas e ver os processos de formação dos planetas. Vale lembrar que esse telescópio deverá ter um "escudo" para protegê-lo das emissões de infravermelho do Sol, da Terra e da Lua.
Como você pode perceber a tecnologia está ajudando cada vez mais a humanidade a entender as suas origens e a do universo!