Um dia em memória do holocausto
A partir deste ano, os 44 países membros do Conselho da Europa terão, em suas escolas, um Dia em memória do Holocausto. Outros quatro Estados -Bielorrússia, Iugoslávia, Vaticano e Mônaco- que também são assinantes do Convênio Cultural Europeu, aderiram à iniciativa.
Cada país decidirá a data em que o Dia do Holocausto será realizado, assim como os meios para colocá-lo em prática. O ministro de Educação da França, Xavier Darcos, anunciou que, em seu país, o Dia do Holocausto passará a ser 27 de janeiro, data na qual, em 1945, foi libertado o campo de concentração nazista de Auschwitz, ao qual foram deportados muitos franceses.
O Conselho da Europa deverá preparar o material pedagógico para organizar seminários sobre o assunto, para os professores. Também deverá criar uma rede europeia que reúna os lugares, museus, fundações e outros organismos relacionados ao holocausto.
O holocausto constituiu-se no extermínio de seis milhões de judeus, ciganos, homossexuais, doentes mentais, negros e comunistas, tendo sido o resultado da política antissemita do nazismo, durante a Segunda Guerra Mundial. Mas porque criar um dia para lembrar um acontecimento tão horrível? Este esforço em manter aceso na memória da sociedade tal acontecimento, tem por objetivo fazer com que as pessoas não se esqueçam das consequências e do perigo de ideologias racistas e antissemitas. E não se esquecendo, não permitam que tais atrocidades voltem a acontecer.
É uma forma de tentar prevenir crimes contra a humanidade, como os que ocorreram no governo de Adolf Hitler, na Alemanha. Apesar de todo o horror que os nazistas provocaram, vale lembrar que manifestações racistas e neonazistas são comumente observadas ainda nos dias de hoje e os grupos neonazistas vem crescendo nos últimos tempos.
A ideia de criar um Dia do Holocausto foi lançada em janeiro de 2000 pelo secretário-geral do Conselho da Europa, Walter Schwimmer.