Renascimento Científico: racionalismo e experimentalismo
O Renascimento foi um movimento cultural que, a partir do século XV, sobretudo na Itália, buscou o ressurgimento das artes da Antiguidade, especialmente da cultura greco-romana. Porém, esse movimento não afetou apenas a pintura, a escultura, a literatura e a arquitetura. As ciências do período também foram profundamente influenciadas pelo espírito de valorização da tradição greco-romana clássica. Nessa época, a ciência lançou suas bases fundamentais, transformando áreas como a matemática, a astronomia, a medicina, a química e a física.
Algumas das principais bases do Renascimento Científico foram o racionalismo e o experimentalismo. Até hoje elas são fundamentais para as ciências. Enquanto o racionalismo defendia que era necessário explicar a realidade por meio da razão (e não mais pela fé), o experimentalismo propunha que os cientistas formulassem hipóteses, observassem a natureza, coletassem dados e, desse modo, verificassem se suas hipóteses estavam corretas. Juntos, o racionalismo e o experimentalismo constituíram uma nova maneira de se produzir conhecimento e questionaram vários dogmas medievais, caso, por exemplo, do geocentrismo.
A contestação do Geocentrismo
A antiga ideia de que Terra estaria localizada no centro do universo chama-se “geocentrismo”. Era raro quem discordasse dessa visão de mundo na Antiguidade e na Idade Média. Até o Renascimento, muitos filósofos defenderam o geocentrismo, caso, por exemplo, de Aristóteles, bem como de muitos outros pensadores que viveram após ele. Porém, foi o matemático e astrônomo grego Claudius Ptolomeu, que viveu entre 78 e 161, que deu forma final a essa teoria. Na obra “Almagesto”, Ptolomeu explicou que a Terra estaria parada no centro do Universo, enquanto os corpos celestes, inclusive o Sol, giravam seu redor.
A teoria geocêntrica predominou no pensamento humano por centenas de anos, até que, no Renascimento, o astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico, que viveu entre 1473 e 1543, resgatou a teoria heliocêntrica, segundo a qual era o Sol quem estaria localizado no centro do universo, e não a Terra.
A Tradição Escolástica
A exemplo da contestação do geocentrismo, muitas outras explicações herdadas da Idade Média foram abandonadas pelos cientistas do Renascimento. Com isso, pretendia-se desenvolver uma análise mais racional da realidade, em detrimento de um conhecimento baseado na revelação divina. Desse modo, o Renascimento Científico pretendeu superar a chamada “escolástica”.
Tendo nascido nas escolas monásticas cristãs, a escolástica visava a conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega. A escolástica se apoiava fortemente na lógica e nos dogmas da Igreja para solucionar problemas científicos e filosóficos, quase sempre, no entanto, sem realizar experimentos ou questionar esses dogmas. A obra-prima do filósofo e teólogo cristão Tomás de Aquino (1225-1274), “Summa Theologica”, é frequentemente vista como maior exemplo da escolástica.
A antiga ideia de que Terra estaria localizada no centro do universo chama-se “geocentrismo”. Essa teoria predominou no pensamento humano por centenas de anos
O Renascimento foi um movimento cultural que, a partir do século XV, sobretudo na Itália, buscou o ressurgimento das artes da Antiguidade, especialmente da cultura greco-romana. Porém, esse movimento não afetou apenas a pintura, a escultura, a literatura e a arquitetura. As ciências do período também foram profundamente influenciadas pelo espírito de valorização da tradição greco-romana clássica. Nessa época, a ciência lançou suas bases fundamentais, transformando áreas como a matemática, a astronomia, a medicina, a química e a física.
Algumas das principais bases do Renascimento Científico foram o racionalismo e o experimentalismo. Até hoje elas são fundamentais para as ciências. Enquanto o racionalismo defendia que era necessário explicar a realidade por meio da razão (e não mais pela fé), o experimentalismo propunha que os cientistas formulassem hipóteses, observassem a natureza, coletassem dados e, desse modo, verificassem se suas hipóteses estavam corretas. Juntos, o racionalismo e o experimentalismo constituíram uma nova maneira de se produzir conhecimento e questionaram vários dogmas medievais, caso, por exemplo, do geocentrismo.
A contestação do Geocentrismo
A antiga ideia de que Terra estaria localizada no centro do universo chama-se “geocentrismo”. Era raro quem discordasse dessa visão de mundo na Antiguidade e na Idade Média. Até o Renascimento, muitos filósofos defenderam o geocentrismo, caso, por exemplo, de Aristóteles, bem como de muitos outros pensadores que viveram após ele. Porém, foi o matemático e astrônomo grego Claudius Ptolomeu, que viveu entre 78 e 161, que deu forma final a essa teoria. Na obra “Almagesto”, Ptolomeu explicou que a Terra estaria parada no centro do Universo, enquanto os corpos celestes, inclusive o Sol, giravam seu redor.
A teoria geocêntrica predominou no pensamento humano por centenas de anos, até que, no Renascimento, o astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico, que viveu entre 1473 e 1543, resgatou a teoria heliocêntrica, segundo a qual era o Sol quem estaria localizado no centro do universo, e não a Terra.
A Tradição Escolástica
A exemplo da contestação do geocentrismo, muitas outras explicações herdadas da Idade Média foram abandonadas pelos cientistas do Renascimento. Com isso, pretendia-se desenvolver uma análise mais racional da realidade, em detrimento de um conhecimento baseado na revelação divina. Desse modo, o Renascimento Científico pretendeu superar a chamada “escolástica”.
Tendo nascido nas escolas monásticas cristãs, a escolástica visava a conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega. A escolástica se apoiava fortemente na lógica e nos dogmas da Igreja para solucionar problemas científicos e filosóficos, quase sempre, no entanto, sem realizar experimentos ou questionar esses dogmas. A obra-prima do filósofo e teólogo cristão Tomás de Aquino (1225-1274), “Summa Theologica”, é frequentemente vista como maior exemplo da escolástica.