Revolução Neolítica: a domesticação de animais
Você já ouviu falar em “Revolução Neolítica” ou “Revolução Agrícola”? Essas expressões designam um conjunto de transformações ocorridas gradualmente durante a Pré-História, que marcaram a passagem do Período Paleolítico para o Neolítico, por volta de 10 mil anos atrás.
Conforme você já viu aqui mesmo no portal Clickideia, no Período Paleolítico, as pessoas eram nômades, ou seja, não possuíam moradia fixa, pois migravam sazonalmente em busca de hábitats com melhores meios de sobrevivência. Já no Período Neolítico, sobretudo na região do Crescente Fértil, as sociedades humanas começaram a desenvolver técnicas de cultivo agrícola, e passaram a armazenar os alimentos que produziam. Isso possibilitou aos agrupamentos humanos fixarem-se por mais tempo em uma região, ou seja, eles deixaram de ser nômades e tornaram-se sedentários. Ao lado do desenvolvimento da agricultura, outro elemento importante para a Revolução Neolítica foi o início da domesticação de animais.
Atualmente, a domesticação de animais é algo considerado comum. Carnes, lãs, peles e laticínios são alguns dos incontáveis produtos que eles nos proveem, isso sem contar a companhia fiel de espécies como cães e gatos, bem como as horas de trabalho que realizam, como o auxílio para arar a terra e os transportes por tração animal. Porém, ao longo da maior parte da História, nós utilizamos os animais apenas como fonte de alimentos. Embora os nômades já se valessem de cães domesticados para auxiliá-los na caça, apenas mais tarde os povos começaram a se beneficiar da manutenção de rebanhos próprios.
Conforme ocorria o processo de sedentarização, a criação de certos animais proporcionava a conveniência da carne fresca, bem como a do esterco, que passou a ser empregado na fertilização do solo. Além dos cães, alguns dos primeiros animais domesticados foram ovelhas, cabras, vacas e porcos. Na região do Crescente Fértil, também foram domesticados os camelos.