O Egito Antigo: os períodos históricos entre 3100 a.C. e 32 a.C
O sucesso dos egípcios no desenvolvimento da agricultura começou a resultar num aumento da produção de alimentos. Assim, por volta do ano 3500 a.C., as outrora pequenas comunidades formadas ao longo do Nilo foram se concentrando em dois Estados relativamente afastados entre si. Conforme você pode observar no mapa ao lado, em torno do Nilo há basicamente duas regiões. Mais ao sul, fica o chamado “Vale”, que percorre uma longa extensão de terras desérticas, e que são conhecidas como “Alto Egito”. Ao Norte, encontra-se a área do Delta (com a forma de um triângulo), onde o Nilo deságua por uma série de canais no mar Mediterrâneo. Essa região é chamada de “Baixo Egito”. Baixo Egito e Alto Egito foram dois reinos independentes até por volta do ano 3100 a.C., quando o imperador Menés (também chamado de “Narmer”), governante do reino do Alto Egito, derrotou as forças do Baixo Egito e unificou os dois reinos. Nascia, assim, o Império Egípcio.
Governado pelo faraó Menés, a princípio a capital do Império instalou-se na cidade de Tínis. Depois, foi substituída por Mênfis (onde hoje situa-se Cairo). Mais tarde, a capital deslocou-se para Tebas. A mudança da sede da capital do Império é um traço característico de uma civilização cuja história foi marcada por sucessivos períodos de unificação e fragmentação. Entre a unificação do Império e sua queda para os romanos, no ano 30 a.C., 32 dinastias sucederam-se no governo do Egito, ou seja, 32 casas ou famílias diferentes. Esse longo período entre 3100 a.C. e 32 a.C. costuma ser periodizado pelos especialistas em Antigo, Médio e Novo Império.