Sociedades da Mesoamérica: início e fim da civilização Maia
Muito antes de os primeiros colonizadores aportarem na América, em meados de 1500, o continente já se encontrava ocupado havia milhares de anos. Genericamente, esses habitantes são chamados de “pré-colombianos”, pois haviam se fixado no continente antes mesmo da chegada do navegador Cristóvão Colombo. Um dos povos pré-colombianos mais conhecidos foram os maias, que, por volta de 1000 a.C., já tinham se instalado na Mesoamérica, uma região do continente americano que, atualmente, inclui, em termos aproximados, o sul do México, a totalidade dos territórios da Guatemala, El Salvador e Belize, bem como as porções ocidentais de Nicarágua, Honduras e Costa Rica. No caso específico dos maias, os territórios originalmente ocupados correspondem, nos dias de hoje, à Península de Iucatã (no sul do México) e aos territórios integrais de Guatemala, Honduras, Belize e El Salvador.
Embora as primeiras cidades maias tenham começado a se desenvolver há, mais ou menos, três mil anos, a maioria delas só atingiu seu mais elevado estado de florescimento entre os séculos III e XII. Nesse período, chamado de “clássico”, estima-se que a população maia tenha alcançado a marca de dois milhões de pessoas. Nessa época, é provável que os maias tenham sido uma das sociedades mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas do mundo. Depois desse período, no entanto, elas continuaram a existir, mas sem o mesmo grau de desenvolvimento de outrora. Alguns fatores frequentemente apontados como determinantes desse declínio foram guerras, desastres naturais, doenças, inundações e longos períodos de secas. A verdade, porém, é que não há consenso quanto aos reais motivos dessa decadência.
Alguns historiadores dão ênfase a prováveis períodos de seca, que teriam causado a ruína de colheitas e, por conseguinte, fome. Outros sugerem que um terremoto ou erupção vulcânica devem ter estimulado o abandono de muitas das regiões outrora ocupadas. Um terceiro grupo considera que, na verdade, os maias foram destruídos pela própria grandeza. Neste caso, a hipótese é a de que a produção de alimentos não foi proporcional ao crescimento populacional. Isso teria acirrado a rivalidade entre as diversas regiões da civilização, levando a duras disputas entre elas. Com isso, viver nas cidades veio a tornar-se muito desvantajoso, pois havia uma ameaça constante de guerras, as quais, por sua vez, exigiam enormes montantes de impostos. Para evitar esses problemas, muitos camponeses podem ter optado por se refugiar em áreas mais distantes, nas quais não eram afetados pelos impostos e pela guerra. No século XVI, quando os espanhóis chegaram, a civilização maia já se encontrava decadente. Mas ela não desapareceu por completo.
Apesar de a unidade da civilização tenha se esfacelado ainda mais após a dominação espanhola, os povos e a cultura maia nunca chegaram a ser extintos totalmente. Nos dias atuais, seus descendentes constituem populações consideráveis em todo o território que, no passado, foi ocupado pela civilização maia. Mesmo com a passagem dos séculos, essas pessoas preservaram um grande conjunto de tradições e crenças de seus antepassados. No entanto, esses traços culturais já não se encontram exatamente como eram no passado. Hoje, as tradições e culturas mais se apresentam fundidas com os valores trazidos no bojo dos colonizadores, sobretudo aqueles de origem cristã, já que era essa religião oficial dos espanhóis. Porém, mesmo com esse sincretismo cultural, diversas línguas maias ainda são faladas por alguns de seus descendentes.
Quando o navegador Cristóvão Colombo chegou a América, o continente já estava ocupado havia milhares de anos
Muito antes de os primeiros colonizadores aportarem na América, em meados de 1500, o continente já se encontrava ocupado havia milhares de anos. Genericamente, esses habitantes são chamados de “pré-colombianos”, pois haviam se fixado no continente antes mesmo da chegada do navegador Cristóvão Colombo. Um dos povos pré-colombianos mais conhecidos foram os maias, que, por volta de 1000 a.C., já tinham se instalado na Mesoamérica, uma região do continente americano que, atualmente, inclui, em termos aproximados, o sul do México, a totalidade dos territórios da Guatemala, El Salvador e Belize, bem como as porções ocidentais de Nicarágua, Honduras e Costa Rica. No caso específico dos maias, os territórios originalmente ocupados correspondem, nos dias de hoje, à Península de Iucatã (no sul do México) e aos territórios integrais de Guatemala, Honduras, Belize e El Salvador.
Embora as primeiras cidades maias tenham começado a se desenvolver há, mais ou menos, três mil anos, a maioria delas só atingiu seu mais elevado estado de florescimento entre os séculos III e XII. Nesse período, chamado de “clássico”, estima-se que a população maia tenha alcançado a marca de dois milhões de pessoas. Nessa época, é provável que os maias tenham sido uma das sociedades mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas do mundo. Depois desse período, no entanto, elas continuaram a existir, mas sem o mesmo grau de desenvolvimento de outrora. Alguns fatores frequentemente apontados como determinantes desse declínio foram guerras, desastres naturais, doenças, inundações e longos períodos de secas. A verdade, porém, é que não há consenso quanto aos reais motivos dessa decadência.
Alguns historiadores dão ênfase a prováveis períodos de seca, que teriam causado a ruína de colheitas e, por conseguinte, fome. Outros sugerem que um terremoto ou erupção vulcânica devem ter estimulado o abandono de muitas das regiões outrora ocupadas. Um terceiro grupo considera que, na verdade, os maias foram destruídos pela própria grandeza. Neste caso, a hipótese é a de que a produção de alimentos não foi proporcional ao crescimento populacional. Isso teria acirrado a rivalidade entre as diversas regiões da civilização, levando a duras disputas entre elas. Com isso, viver nas cidades veio a tornar-se muito desvantajoso, pois havia uma ameaça constante de guerras, as quais, por sua vez, exigiam enormes montantes de impostos. Para evitar esses problemas, muitos camponeses podem ter optado por se refugiar em áreas mais distantes, nas quais não eram afetados pelos impostos e pela guerra. No século XVI, quando os espanhóis chegaram, a civilização maia já se encontrava decadente. Mas ela não desapareceu por completo.
Apesar de a unidade da civilização tenha se esfacelado ainda mais após a dominação espanhola, os povos e a cultura maia nunca chegaram a ser extintos totalmente. Nos dias atuais, seus descendentes constituem populações consideráveis em todo o território que, no passado, foi ocupado pela civilização maia. Mesmo com a passagem dos séculos, essas pessoas preservaram um grande conjunto de tradições e crenças de seus antepassados. No entanto, esses traços culturais já não se encontram exatamente como eram no passado. Hoje, as tradições e culturas mais se apresentam fundidas com os valores trazidos no bojo dos colonizadores, sobretudo aqueles de origem cristã, já que era essa religião oficial dos espanhóis. Porém, mesmo com esse sincretismo cultural, diversas línguas maias ainda são faladas por alguns de seus descendentes.