Características culturais dos povos da Mesoamérica
A Mesoamérica é a região do continente americano que inclui, aproximadamente, o sul do México, a totalidade dos territórios da Guatemala, El Salvador e Belize, bem como as porções ocidentais de Nicarágua, Honduras e Costa Rica. Durante o período pré-colombiano, muitas civilizações se desenvolveram nesse território, como olmecas, zapotecas, astecas e maias. Embora houvesse, de fato, uma considerável diversidade étnica e linguística entre elas, ainda assim é possível contemplá-las através do prisma de uma unidade cultural, ou seja, havia entre elas um significativo conjunto de características culturais comuns. A difusão dessas características foi possível graças à interação das diversas etnias que habitaram a região ao longo de milênios (para entender os determinantes geográficos dessa interação, leia nossa página especial sobre o tema). Eventualmente, alguns historiadores referem-se a essas características por meio da expressão “complexo mesoamericano”.
Um dos traços comuns entre essas sociedades foi o uso de um bastão de madeira com a ponta afiada e endurecida no fogo para se plantar. Essa ferramenta, em destaque na ilustração ao lado, chamava-se “coa”. Utilizando-se desse bastão de madeira, os antigos povos da Mesoamérica pré-colombiana desenvolveram largamente a agricultura do milho, que se tornou a base de sua alimentação. Outra característica frequentemente citada era o consumo de uma bebida alcoólica chamada “pulque”, que era produzida a partir de uma planta da mesma família que o sisal, a maguey. Curiosamente, a partir de uma variante do pulque, o pulque azul, atualmente é fabricada a tequila, uma famosa bebida alcoólica mexicana. Além do milho e do pulque, os povos mesoamericanos também cultivavam o cacau, muito utilizado até hoje para a fabricação do chocolate.
Mas nem só de alimentos e bebidas viviam aqueles povos. Entre eles, a religiosidade era muito importante, a ponto de envolver práticas de autoflagelação e sacrifícios humanos, especialmente entre os astecas. Conta-se que, quando os espanhóis conheceram a sociedade asteca, primeiramente se admiraram de sua riqueza e imponência. Depois, no entanto, ficaram estarrecidos com as crueldades envolvidas nos rituais religiosos dos nativos. Essas cerimônias demandavam sacrifícios humanos, que eram realizados das mais diversas formas: decapitação, esfolamento e extração do coração de vítimas ainda vivas. Relatos dão conta de que, em 1489, nada menos que 20 mil pessoas tenham sido sacrificadas em homenagem à grande pirâmide da cidade sagrada de Teotihuacan, capital do império asteca.
A propósito, a construção de pirâmides escalonadas era uma característica comum entre os povos pré-colombianos. Em Teotihuacán, encontra-se a chamada “Pirâmide do Sol”, que, em volume, é a segunda maior do México e a terceira maior do mundo, ficando atrás apenas da Pirâmide de Quéops, no Egito, e da enorme Pirâmide Tepanapa, também mexicana. Outros aspectos importantes do complexo mesoamericano são o uso de um sofisticado e preciso sistema de calendário baseado em dois ciclos concomitantes; a concepção do espaço horizontal como sendo dotado de quatro direções e um centro; e a produção do papel e de livros.
A Mesoamérica é a região do continente americano que inclui, aproximadamente, o sul do México, a totalidade dos territórios da Guatemala, El Salvador e Belize, bem como as porções ocidentais de Nicarágua, Honduras e Costa Rica. Durante o período pré-colombiano, muitas civilizações se desenvolveram nesse território, como olmecas, zapotecas, astecas e maias. Embora houvesse, de fato, uma considerável diversidade étnica e linguística entre elas, ainda assim é possível contemplá-las através do prisma de uma unidade cultural, ou seja, havia entre elas um significativo conjunto de características culturais comuns. A difusão dessas características foi possível graças à interação das diversas etnias que habitaram a região ao longo de milênios (para entender os determinantes geográficos dessa interação, leia nossa página especial sobre o tema). Eventualmente, alguns historiadores referem-se a essas características por meio da expressão “complexo mesoamericano”.
A coa era um bastão de madeira utilizado na agricultura
Um dos traços comuns entre essas sociedades foi o uso de um bastão de madeira com a ponta afiada e endurecida no fogo para se plantar. Essa ferramenta, em destaque na ilustração ao lado, chamava-se “coa”. Utilizando-se desse bastão de madeira, os antigos povos da Mesoamérica pré-colombiana desenvolveram largamente a agricultura do milho, que se tornou a base de sua alimentação. Outra característica frequentemente citada era o consumo de uma bebida alcoólica chamada “pulque”, que era produzida a partir de uma planta da mesma família que o sisal, a maguey. Curiosamente, a partir de uma variante do pulque, o pulque azul, atualmente é fabricada a tequila, uma famosa bebida alcoólica mexicana. Além do milho e do pulque, os povos mesoamericanos também cultivavam o cacau, muito utilizado até hoje para a fabricação do chocolate.
Mas nem só de alimentos e bebidas viviam aqueles povos. Entre eles, a religiosidade era muito importante, a ponto de envolver práticas de autoflagelação e sacrifícios humanos, especialmente entre os astecas. Conta-se que, quando os espanhóis conheceram a sociedade asteca, primeiramente se admiraram de sua riqueza e imponência. Depois, no entanto, ficaram estarrecidos com as crueldades envolvidas nos rituais religiosos dos nativos. Essas cerimônias demandavam sacrifícios humanos, que eram realizados das mais diversas formas: decapitação, esfolamento e extração do coração de vítimas ainda vivas. Relatos dão conta de que, em 1489, nada menos que 20 mil pessoas tenham sido sacrificadas em homenagem à grande pirâmide da cidade sagrada de Teotihuacan, capital do império asteca.
A imponente Pirâmide do Sol, construída pelos astecas em Teotihuacan
A propósito, a construção de pirâmides escalonadas era uma característica comum entre os povos pré-colombianos. Em Teotihuacán, encontra-se a chamada “Pirâmide do Sol”, que, em volume, é a segunda maior do México e a terceira maior do mundo, ficando atrás apenas da Pirâmide de Quéops, no Egito, e da enorme Pirâmide Tepanapa, também mexicana. Outros aspectos importantes do complexo mesoamericano são o uso de um sofisticado e preciso sistema de calendário baseado em dois ciclos concomitantes; a concepção do espaço horizontal como sendo dotado de quatro direções e um centro; e a produção do papel e de livros.